terça-feira, outubro 31, 2006

Britanizando (ou então “disseminando a leitura coletiva”) o metrô paulistano


Duas coisas que eu adoro são o Metrô e a cidade de Londres.

O Metrô, para mim, é o melhor meio de transporte que existe: voccê entra nele, relaxa, apenas espera chegar em seu destino. Ele não se atrasa, não pega trânsito... enfim, sensacional.

Já Londres é uma cidade, por um certo ponto de vista, até feia: seu clima cinzento e a tão famosa fog assustam quem curte uma prainha. Não a mim. Lá é o berço da maioria das coisas que eu gosto na vida, como o Futebol e o Rock. Como não amar a Bretanha? Como não amar a cidade de Londres?

Em Julho de 2003 tive a oportunidade de conhecer, justamente, o metrô de Londres. São dezenas de linhas e centenas de estações. Pode se chegar a qualquer ponto da cidade através. Lá, eles o chamam de “Undergroung” ou carinhosamente de “Tube”.


Um ponto negativo é a sujeira. Lá, eles não tratam o metrô como um patrimônio (enquanto nós, baderneiros do 3º mundo, ironicamente, tratamos): o metrô é sujo e pichado, e as garrafas de refrigerantes rolam pelo chão dos vagões sem dó nem cerimônia.

Mas o que mais me chamou a atenção no Tube foi o seguinte fato: as pessoas entram no vagão com seus jornais na mão. As pessoas passam a viagem lendo seu jornalzinho e, quando chegam em sua estação de destino, dobram e deixam o jornal no assento que ocupavam, para que outra pessoa possa lê-lo! Sensacional! É a coletivização da leitura descartável (afinal, jornal velho, como diz um velho ditado e também a Gabi, serve apenas para embrulhar peixe).


Depois dessa introdução, volto ao dia de hoje, típica Segunda-feira na Paulicéia. Vim de Santos hoje mesmo, de busão, e depois tive que pegar o metrô do Jabaquara até a Praça da Arvore. São apenas cinco estações, mas como o Jabaquara é ponto final e também rodoviária, a estação fica sempre bombando.

Carrego em minhas mãos o Lance!, jornal diário sobre futebol. Como já o havia lido no bumba (uma hora de viagem entre Santos e São Paulo), pensei: “e se eu tentasse dar uma de bretão? Afinal, já li esse jornal todo, não preciso mais dele, e se eu deixá-lo em algum assento, alguém o lerá. Oras, por que guardar este jornal velho comigo, se alguém pode achá-lo interessante?”

Dito e feito, resolvi largar o jornal em algum assento. No entanto, encontro o primeiro dilema: como já disse acima, a estação Jabaquara fica cheiona. Portanto, é claro que não havia assentos vazios. E a tendência seria o vagão fica ainda mais cheio com o passar as estações

Decepção? Um pouco.


Mas não desisto.

Desço na Praça da Arvore e avisto, logo de cara, uma lixeria, com uma tampa de tamanho médio, que parecia servir como uma espécie de vitrine. Não era o local mais adequado para se deixar o jornal, mas seria minha última chance. Enquanto tento equilibrar o jornal de pezinho, acima da tampa, um rapaz, que acabara de cruzar meu caminho, passa a andar mais lentamente, observando que raios estou fazendo. Consigo deixar o jornal direitinho e, penso eu, "dever cumprido". Não como queria originalmente, mas, pelo menos, o jornal não foi para direto para o lixo, ficaria ali exposto.

Tomo meu rumo e vejo que o tal rapaz permaneceu parado. Agora sou eu quem cruza o seu caminho, em direção à escada rolante. Depois de subir tudo, olho para trás. E o que vejo? O tal rapazinho com o jornal nas mãos, desfrutando de uma boa leitura.

Bingo! Deu certo! A coletivização da leitura deu resultado!

Não foi como eu imaginei, não foi do jeito bretão, não foi com garbo e charme. Mas, quer saber? Que se dane! O que importa é que eu já tinha lido o jornal, não queria mais e, antes que eu pudesse colocá-lo junto ao lixo reciclável, mais alguém (e talvez mais pessoas, afinal, o rapaz que pegou o jornal deve ter amigos, família, etc.) se aproveitou de tal leitura.



Olha aí, Lula! Depois do Fome Zero, que tal o Leitura Zero? Não custa nada e o modelo já está feito, basta copiar o metrô dos Bretões. Aliás, copiar não, fazer Benchmark, né? ;-)

Investimento pesado em Leitura e Metrô. O que você acha, Sr. Presidente? Vamos coletivizar as coisas! Ou então, um termo que você provavelmente gostaria mais de usar: socializar.

 sexta-feira, outubro 27, 2006

Máximas sobre o ato de escrever


Uma pequena homenagem a meu mais novo hobby, a caminho de se tornar uma paixão.


"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias." (Pablo Neruda)

"Escrever é, simplesmente, uma maneira de falar sem que nos interrompam." (Sofocleto)

"É preciso escrever o mais possível como se fala e não falar demais como se escreve." (Sainte-Beuve)

"O ato de escrever é a arte de sentar-se numa cadeira." (Sinclair Lewis)
Fonte => http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult513u258.shtml

"Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não." (José Saramago)

"Escrever é ter coisas para dizer." (Darcy Ribeiro)

"Perdoe-me, senhora, se escrevi carta tão comprida. Não tive tempo de fazê-la curta." (Voltaire)

"Reescrevi 30 vezes o último parágrafo de 'Adeus às Armas' antes de me sentir satisfeito." (Ernest Hemingway)

"Uma história se conta, não se explica." (Jorge Amado)

"Escrevo para que meus amigos me amem ainda mais." (Gabriel García-Márquez)

"Quem não lê não escreve." (Wander Soares)

"Cada um escreve do jeito que respira. Cada um tem seu estilo. Devo minha literatura à asma." (Fabrício Carpinejar)

"Escrever é um ato de liberdade." (Martin Amis)

"Escrever é uma forma de a voz sobreviver à pessoa." (Margaret Atwood)

"De escrever para marmanjos já me enjoei. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo." (Monteiro Lobato)

"Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer é porque um dos dois é burro." (Mário Quintana)

"Existem três regras para escrever ficção. Infelizmente ninguém sabe quais são elas." (W. Somerset Maugham)

"O autor escreve apenas metade de um livro. A outra metade fica por conta do leitor." (Joseph Conrad)

"Corrigir uma página é fácil, mas escrevê-la, ah, amigo! Isso é difícil." (Jorge Luis Borges)

"Escrever não é fácil ou difícil, mas possível ou impossível." (Camilo José Cela)

"Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra." (Margaret Atwood)

"Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida." (Clarice Lispector)

"Para escrever bem é preciso uma facilidade natural e uma dificuldade adquirida." (Joseph Joubert)

"Escrever não é nada mais senão ter o tempo de dizer: estou morrendo." (Gaëtan Picon)

"Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar nos manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever." (Lêdo Ivo)

"Escrever é sacudir o sentido do mundo." (Roland Barthes)

 terça-feira, outubro 24, 2006

Minha primeira vez em Interlagos

Nesse último Sábado, graças a meu amigo Pedro Paulo, irmão do Pinhal, pude ir pela primeira vez na vida assistir um pouco de Fórmula 1. Tudo bem, não foi corrida, foi apenas o treino classificatório. Bom, mas pra mim, já valeu muito!

Primeiramente, chama a atenção como o circuito é absurdamente gigantesco. Essa constatação pode parecer meio óbvia, mas, para um cara que está acostumado com tamanho de estádios de futebol (Vila Belmiro, Pacaembu, Morumbi), que já possuem uma estrutura grande, o Autódromo é absolutamente incomparável. Chegando a Interlagos de carro, por fora, você demora um tempão para chegar ao seu lugar; no meu caso, o setor G, que fica no final da reta oposta.

O barulho das máquinas é impressionante. De fora do autódromo, você já ouve aqueles zumbidos característicos. Como ficamos perto da curva depois da reta oposto, um barulho muito legal que os carros faziam era quando reduziam as marchas. Você vê o cara passando a milhão da sua frente e, poucos segundos depois, reduzindo 3, 4 marchas.

Mulher não tem vez na Fórmula 1. São tratadas como putas. Desculpe a grosseria, mas é isso mesmo! Entre o Warm Up e o treino, existem duas horas onde não se faz nada. Portanto, basta passar qualquer mulher na arquibanca que todos os homens já se apressam no coro de “Gostosa! Gostosa!”. A moça pode estar sozinha, acompanhada, com marido; não interessa, a galera entoa o coro do mesmo jeito. Mas essa fama meio que se justifica: além de ser um lugar elitizado, como mulheres arrumadas como se estivessem numa balada da Vila Olímpia, tem até trio elétrico divulgando puteiros do lado de fora. A sustentação, o garbo, o desejo e a sensualidade se misturam entrem roncos de ferraris e cabelos falsamente platinados. Enfim, sexo e prostituição tem tudo a ver com dinheiro e carrões.

Um ponto muito legal é que você vê milhões de pessoas de fora, de outros estados e países. Além das camisas de times de todos os cantos do Brasil (me senti em Minas de tantas camisas do Galo), ouve-se os mais distintos sotaques. Na fila para comprar cerveja, conversei com uma boliviana, um cara de Joinville e um casal de alemães.

Brasil é Brasil mesmo num evento pretensamente de primeiro mundo: filas para comer, para ir ao banheiro, cerveja acabando... olha, de se indignar: o cara paga R$ 180,00 e não tem um serviço decente.

Bom, falar do treino e da corrida é desnecessário, todos já sabem como foi. Mas uma coisa a se registrar é que, sem radinho para acompanhar o desempenho dos pilotos, você fica mais perdido que filho da puta em dia dos pais: você só vê os carros passando, mas não sabe o que está ocorrendo, tendo que recorrer aos colegas “mais espertos” do lado. Mas vou falar: a maioria dos que estão lá não parecem ligar muito para isso. O que vale mesmo, para esses fanáticos, é o ronco do motor.

Bom, para concluir, sem dúvida é um evento sensacional: apenas uma vez por ano, carregado de emoção, paixão, aficcionados, sensasualidade, putaria (poque não?), desejo. Fórmula 1 não é um dos meus esportes preferidos, não vejo muita graça nesse lance de corrida... já gostei muito, no ínicio da década de 90. Até acordava mais cedo até para assistir treino. Mas, com o passar do tempo, foi perdendo a graça para mim. Mas, com certeza, voltei um pouquinho no tempo e me senti aquele moleque que não perdia um GP de Mônaco, de longe, o mais charmoso. De qualquer forma, só tenho a agradecer o Mestre Pedro Henrique Bak Mansi, o maior Diretor de Arte de São Paulo, pela maravilhosa oportunidade de conhecer de perto o circo da Fórmula 1.

Foi um dia muito legal e inesquecível para mim. É de arrepiar quando os carros passam a 300 por hora no final da reta oposto. Como diria o Galvão, o “Ballet” da Fórmula 1, ao vivo, é de embasbacar.

 segunda-feira, outubro 23, 2006

Barrichello, o falastrão

Sempre torci e acreditei que o Rubens Barrichello fosse um bom piloto, mesmo enquanto vivia situações adversas e dava desculpas estapafúrdias quando dividia a equipe com um dos melhores pilotos de todos os tempos. Porém, sempre era um cara regular, ganhava uma vez ou outra e se dizia um grande acertador de carros, fazia bem seu papel de número 2.

Eis que, ainda antes da temporada passada acabar, divulgou-se o acordo feito com a BAR, recém adquirida pela Honda. Rubens iria trabalhar com os dedicados japoneses que tinham dinheiro e já foram vencedores na Fórmula 1, teria como chefe o brasileiro Gil de Ferran, iria se tornar finalmente o piloto número 1, todos indicativos que os novos ares fariam bem... Começaram os testes de inverno no início da temporada, Rubens teve ótimo desempenho, até falava em brigar pelo título mundial.

E, ontem termina a temporada 2006, o resultado: Rubens Barrichello com 30 pontos e seu companheiro de equipe, Jenson Button, com 56. O jovem inglês esteve no pódio por 3 vezes, uma delas vencendo, e o brasileiro não ficando entre os 3 primeiros nenhuma vez em 18 corridas.

Até aí tudo bem, Button foi melhor e mais regular principalmente na segunda metade do campeonato, ponto, não há o que discutir. Mas o que irrita no Barrichello são suas ridículas declarações que dá enquanto o Massa conquista bons resultados, pérolas como "quando estava na Ferrari, eles ganhavam o campeonato dos construtores" proferida ontem. Sem falar quando desmereceu a primeira vitória de Felipe, na Turquia, falando que o brasileiro só ganhou porque a Ferrari não fez jogo de equipe.

Rubens, acorda. O Massa conseguiu vencer o primeiro GP do Brasil em que dispôs de um carro de ponta, algo que você não consegui em 6 oportunidades. Entendo a sua amargura em relação aos italianos, porém não tente desmerecer as conquistas do Massa para tentar justificar a sua falta de títulos na Ferrari. Aliás, é totalmente aceitável ter tomado um baile do alemão, apesar de você ser um bom piloto e ter feito um bom papel nessas seis temporadas, o cara é um gênio. Não se sinta diminuído por isso.

Antes de falar da Ferrari tente andar na frente do Button (algo que você pode ser capaz) e pare com essa de que "ele é inglês e é favorecido pela base da equipe também ser inglesa" que já te ouvi dizendo, dessa vez seu companheiro não é o alemão, ninguém mais engole esse discurso. Não perca mais oportunidades de ficar calado.

 sexta-feira, outubro 20, 2006

Teste cego


Ontem, depois de mais um exercício do glorioso esporte bretão (leia-se futebol), fomos até a casa do Coxa Urbaneski, eu e Victor Adura, tomar algumas cervejinhas e falar sobre a magia do verbo viver.

DVD da Cowbell com Babi no Na Mata rolando, petisquinho feito pelo Guri com palmito, pepino e salame, Bavária Premium nas mãos e nós 3 falando groselhas. Ou seja, um pós-futebas mais que perfeito.

Papo vai, papo vem, claro que, numa determinada hora, ele iria cair nesse assunto... aquela coisa gostosa, que começa com “B”.... que todo homem vive correndo atrás...

BÉRA, gente, Cerveja! Mente poluída, ein??? ;-)

Enfim, o Coxa falava da entra da Sol no mercado, mais nova cerveja da FEMSA, que agora vai com tudo pra cima da InBev e tals; começamos a discutir o gosto das cervejas, e, eis que então, o filho de Bana (vulgo Cabeleira) se sai com essa: “pessoal, tenho mais duas cervejas de outras marcas na geladeira. Vamos fazer um teste cego?”

Idéia imediatamente acatada, foi lá o Guri pegar as duas béras. A missão minha e do Vitão seria adivinhar as béras contidas em dois copos. Cada um tentaria acertar qual cerveja estava em cada um dos dois copos.

Chega o guri com os dois copos repletos daquele líquido dourado. Eu e o Vitão, cada um pega um. O meu copo tem um líquido com um bom gosto inicial, mas que desce pela língua e garganta que parece uma lixa. Penso eu: “deve ser Kaiser”. Depois desse gole, troco de copo com o Vitão. Ao aproximar meu nariz, sinto um cheiro frutado, um aroma doce. Mando antes um palmitinho, para tirar o gosto da béra anterior e não interferir em meu julgamento. Dou um gole. O Opção, e o aroma das dezenas de noite neste aprazível reduto da boemia paulistana vem a minha mente. “é Bohemia”, penso eu.

Acabado o teste, eu e o Vitão damos nosso veredito. Clamo: “está primeira é Kaiser e a segunda foi Bohemia.”

Guri confirma: “Parabéns, Santos. Você acertou as duas!”

Você quer saber as respostas do Adura? Por gentileza, escrever para victor.adura@mccann.com.br

Bom, a conclusão desse teste, para mim, foi animadora: nenhum espertinho, jamais, vai ter como me enganar, dando cerveja vagabunda e falando que é Bohemia ou Original. Valeu a pena, não?

Faça o teste você também e tire a prova a limpo!
(se, e puder, me chame para fazer o teste junto... afinal, cervejinha e tals... estamos sempre que estar qualificando nosso paladar, tal e pá, né...? ;-)

 quinta-feira, outubro 19, 2006

Edmundo... que coisa, ein?


Ontem, tivemos o Animal Edmundo protagonizando uma cena esdrúxula, perdendo o 3º pênalti de sua carreira contra o Vasco.

Palmeirenses e torcedores de times por onde o Edmundo passou, (como eu, Santista): isso não é de se indignar?

Qual a diferença entre ele e o Roger, quando isolou o pênalti contra o Figueirense pela Copa do Brasil ano passado? Os dois estavam, cada um seu momento, se lixando para seus times.

Alguns podem tentar justificar que o Roger foi por descaso, e o Edmundo foi por paixão ao seu antigo clube. Na minha opinião, isso é irrelevante. Mostraram que não são profissionais, que desrespeitaram a camisa que estão vestindo atualmente.

 quarta-feira, outubro 18, 2006

“Beirute com arroz, Reimão???”

Essa frase foi proferida a uns 50 minutos, quando estávamos finalizando nosso almoço na padoca (vulgo Bar da Vila II).

Rafa proferiu essa frase quando eu pedi para o garçom embrulhar para viagem o que havia restado do meu Beirute (cerca de 1/3 dele). Rapidamente, um segundo antes do rapaz pegar meu prato, dei uma averiguada na mesa para ver se não havia sobrado mais nada de “interessante”, e estava lá metade de uma travessa de arroz, não consumida pelo Cabral. Não tive dúvidas: virei a travessa do mesmo no prato com o resto do Beirute e entreguei ao atendente. Foi justamente nessa hora que o Rafa proferiu a pérola que está transcrita no título.

“Beirute não combina com arroz”, continuou. Olha, Rafa e amigos leitores: estou pra ver UMA SÓ comida que não combine com a maior iguaria culinária já criada pelo homem: o Arroz.

Segundo a Wikipedia, a fonte de informações mais confiável do planeta, o Arroz “É a terceira maior cultura cerealífera do mundo, apenas ultrapassado pelo milho e trigo”. Portanto, fica claro aí como o arroz é idolatrado e todas as culturas (mais acentuadamente no sudeste asiático); é, definitivamente, um alimento policultural.

Vamos analisar no caso do brasileiro: aquela Feijuca entorpecente de Sábado, com couve mineira, laranjinha, carne seca, lingüiça, feijão preto... hum, hum... mas confesse: ela não seria nada sem aquele arroz branquinho, soltinho.

O Arroz ganhou injustamente a pecha de ser apenas um acompanhante de outros pratos mais famosinhos, como o estrogonofe e a própria feijoada, entre tantos outros. Na minha opinião, os outros é que acompanham o magnífico arroz. Existe algum acompanhante melhor para um arroz do que um ovinho com a gema bem mole?

Arroz na Feijuca? Bóra!
Arroz na salada? É nóis!
Arroz na Lasanha? Por que não?
Arroz na Pizza? Demorou!


Obrigado por existir, Arroz. Se a sua sina é ser tachado como acompanhante por essa sociedade superficial e hipócrita, quero mais é que você me acompanhe até o túmulo.

 terça-feira, outubro 17, 2006

Feriado mais ao Sul

Aproveitei o feriado prolongado para fazer uma visita ao glorioso Rafael Benatti, irmão do também glorioso Renato. O rapaz citado se mandou alguns anos atrás para a cidade de Navegantes, cidade do litoral de Santa Catarina e cerca de 90 km ao norte de Florianópolis. Navega é uma cidadezinha simpática, com um pouco mais de 50 mil habitantes e não tem lá tantos atrativos turísticos, porém estrategicamente tem seu aeroporto e seu porto. E é ligada à Itajaí, vizinha que tem esse nome por causa do rio que divide as duas cidades.

Foi uma viagem deveras aprazível não só por Navegantes,mas sim pelos passeios pelas cidades da região. Uma delas, na sexta-feira 13, foi a germânica Blumenau e justamente na melhor época do ano, o mês de setembro. Durante a maior parte desse mês tem a famosa Oktober Fest, que pude ver na Wikipedia suas origens enraizadas no ano de 1984. Pelo o que conversamos com o pessoal de lá, antes a festa era feita em um quarteirão fechado, onde haviam os desfiles, bandas alemãs, e cerveja pra cacete.

Hoje tudo está diferente, a não ser a parte da cerveja. Ao invés de ser uma festa aberta na rua, hoje acontece no Parque Vila Germânica, um lugar muitíssimo organizado com restaurantes
e lojinhas construídas no estilo alemão. Além dessa parte de fora, há um imenso galpão dividido em duas partes. Na Oktober, em cada um desses galpões tem um palco com bandas alemãs se revezando durante a noite inteira. E, também na parte de fora, uma tenda da Brahma
que, graças a Deus, patrocina o evento.

Após uma ida no dia anterior a Balneário Camboriú com nem tanto sucesso (chegamos tarde e as baladas já estavam abarrotadas), eu e o Renato resolvemos ir mais cedo para Blumenau, o que mais tarde vimos que foi uma decisão acertada. Entramos na Vila Germânica ainda antes das 20:00, compramos cada um 10 fichas de chopp e, óbvio, uma caneca gigante de alumínio.

Fizemos o reconhecimento do local, estava tudo bem, mas tínhamos um problema, não estávamos encontrando o lugar onde haveria a balada mais tarde. Paramos para conversar com um segurança e ele, gentilmente, nos disse que na tenda da Brahma, que nós achávamos pequena, iria ter DJ e tudo mais. Ficamos tranqüilos, ouvir bandas alemãs até a madrugada seria um pouco complicado.

Eis que, despretenciosamente, estávamos na tal tenda pegando um chopp quando mais que de repente surge um DJ, começa a tocar e o lugar fica simplesmente lotado. Toda área (do lado de fora e de dentro) antes livre passa a ser ocupada por pessoas, na maioria do sexo feminino e deveras aprazíveis.

Isso foi por volta de meia-noite e nos dois galpões a coisa também começou a esquentar com algumas bandas tipicamente alemãs passando a tocar músicas menos alemãs. Enfim, foi uma ótima experiência, uma baladinha muito legal e com chopp pra caralho. Recomendo! Pena que fica a uns 600 km de São Paulo.

 domingo, outubro 15, 2006

Tucanaram o "Rouba, mas faz"

Você já ouviu o novo jingle da campanha do Lula?
Tem um determinado momento em que a letra é assim:

"Tá tudo andando direitinho / Deixa o homem trabalhar / Ele trata o povo com carinho".

A minha singela pergunta é: "tucanaram", como diria José Simão, o "Rouba, mas faz"?

 quarta-feira, outubro 11, 2006

Eu sei, mas não devia

por Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma.

Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.

A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.

Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

 segunda-feira, outubro 09, 2006

Alckmin e Lula se degladiam no Debate. E quem perde é o Brasil.

O Debate de ontem foi uma verdadeira carnificina. Alckmin, fazendo juz ao papel de oposição e de quem precisa desesperadamente de votos para virar a peleja, frente a última pesquisa Datafolha que diz que ele está 8% percentuais atrás, já saiu dando com o dois pés no peito do Lula logo na 1º pergunta: "Gostaria, antes de mais nada, de dizer que eu compareci a todos os debates. Lula, você é a pessoa no país com o mais fácil acesso a informações de todos os gêneros. Então responda: de onde vieram os 1, 7 milhão de reais para comprar o dossiê?"

Essa foi apenas a primeira pergunta do debate. Imagine, então, as duas horas e meia subsequentes.

"Leviano" e "mentiroso" foram alguns dos elogios utilizados pelos dois candidatos. Alguns momentos chegaram a ser constrangedores, e o maior deles foi quando Alckmin questionou o cartão de crédito corporativo. Hahaha. Aí sim, finalmente, a oncinha saiu pra beber água. Os olhos do Sapo Barbudo conseguiram ficar ainda mais esbugalhados, e o seu tom de voz de Mafioso foi assustador: "não entre nesse mérito, Alckmin. é só isso que lhe aviso, não entre nessa questão". Um pouco antes, Lula havia dito que essa foi a "única coisa boa que o governo Fernando Henrique criou" e tal pérola não passou desapercebida, arrancando gargalhandas da platéia.

O debate foi se seguindo com contínua troca de farpas. Acho que o melhor momento do Lula foi quando Alckmin questionou, espinafrandro, sua política externa. Mal sabia o Tucano que cometera um erro. Não posso questionar a veracidade do que o Lula disse, mas ele deu um baile, tanto na resposta quanto na tréplica, explicando que o Brasil agora negocia com o mundo todo, e não apenas com o eixo EUA-Europa, e também ratificou a posição dos países da América Latina na condição de parceiros, e não de "subalternos".

Já o melhor momento de Alckmin foi quando ele relatou seu plano de governo e perguntou: "Onde, dentre as 316 páginas do plano, está escrito que irei privatizar Banco do Brasil, Petrobrás e acabar com o Bolsa-Família?" Lula, enrolou, enrolou, tentou fugir pela tangente... mas não deu: nessa ele ficou sem resposta. Outro ponto esdrúxulo do Lula foi ficar falando coisas como "não fica nervoso, Alckmin..." e "Alckmin, porque vocês está nervoso? Não fique nervoso!" Caramba, Lula, eu usava isso contra a minha irmã quando eu tinha 13 anos e ela 16... vê se cresce, né...

No final das contas, fica um sentimento de ranço: parecia que tínhamos dois galos numa rinha (não mostrem esse texto pro Duda, ein?), se degladiando, tentanto discutir "qual era pior": o menos ético, o menos competente. O atual presidente ou o ex-governador? Os quatros anos de PT ou os oito de Tucanos (na presidência)?

De assuntos de interesse nacional, só foi falado da capacidade energética do Brasil, que está no limite. Se não investirmos pesadamente nesse setor, em 2009, corre-se o risco de termos outro apagão. Pois é, quando pensei que teríamos uma discussão de alto nível, os dois começaram a falar de 16 mil megawatts para cá, 13 mil megawatts para lá... vem cá, além do meu amigo Lucas Chioro, formado em engenharia elétrica, alguém aí sabe o que raios é megawatts? Candidatos, por favor, nem vocês sabem... falém na nossa língua da próxima vez, OK?


Enfim, se for para escolher um vencedor do debate, acho que foi o Alckmin. Postura firme e confiante. O Lula me pareceu o tempo todo um pouco assustado, meio incomodado de estar onde estava. Olhando por esse prisma, acho que o Alckmin mandou melhor.

No entanto, do prisma que realmente interessa, que é o meu e o seu, o nosso, o do povo, não tivemos nenhum vencedor, apenas perdedores. Nós perdemos, o Brasil perdeu.

Meninos, melhorem: esperamos mais de vocês para o próximo debate.

Ontem não tivemos dois candidatos debatento, tivemos dois senhores destemperados discutindo quem é o mais ou menos ético.


O Brasil é bem maior do que essa guerrinha particular.

 sexta-feira, outubro 06, 2006

A minha primeira vez no Maracanã (e justamente num Fla-Flu)!

Era mais ou menos 20:03 do último dia 04 a hora em que o Gigante surgiu, todo iluminado, na minha frente. Desciamos a Estrada do Grajaú: Thiago Flores, seu irmão Gustavo, o amigo Rafael, e eu, um Santista-Tricolor naquela noite (com direito a ter a honra de envergar a 7 listrada e tudo!).

Depois de milhões de idas a Vilas Belmiro, Morumbis, Pacaembus, Ulrico Mursas (estádio da Portuguesa Santista), até Canindé e Palestra Itália, chegaria a vez de eu realizar um sonho de infância: assistir a um jogo de Futebol no Maracanã. E foi justamente num Fla-Flu. E foi justamente ao lado de um retardado rato de arquibancada, o Thiago. Ou seja, justamente como eu .;-)

Chegando lá, as comparações foram inevitáveis. Se por aqui, uma torcida entra pela Giovanni Gronchi e outra pela Jorge João Saad e Jules Rimet, lá, uma sobe pela rampa do Bellini e a outra pla rampa da UERJ. Aqui, dificilmente você vê mistura de torcida com camisa nos arredores do estádio; lá, no meio dos tricolores, haviam alguns "loucos" com a camisa da Mulambada (ou Urubu... ou rubro negro, se vc preferir... aquele time que é o maior freguês do Santos, o maior caso de Freguesia da história do Futebol Universal); mas, segundo o Thiago, isso é coisa de maluco: ele não se enfiava no meio dos Mulambo com camisa do Flu nem a pau. Bom, pelo menos, eu não vi nenhuma briga, acho que essa é uma parte boa.

Adentramos no Maior do Mundo. Passa-se por uma catracazinha safada, que mais parece que você está num abatedouro. Depois disso, só alegria. A subida da rampa é algo que sempre vi em filmes e documentários, mas nunca havia feito. Vamos circundando a arquibancada, passando em frente das estreitas entradinhas lhe dão acesso. Vou avistando os refletores. Me arrepiei todo, meu coração dispara. Quase não consigo me conter de emoção, de estar realizando um sonho de infância. Pegamos uma das entradinhas.

O Maracanã por dentro é maravilhoso, inacreditável. é mais "baixo" que o Morumbi (afinal, esse possui 3, e não 2 lances de arquibancada). Ele é gigante. Me lembrou muito o Castelão, em Fortaleza, onde estive num Ceará x CRB em Julho deste ano. Mas, oras, perdoem-me os cearenses: o Maracanã é imcomparável. O Maracanã é um templo sagrado do Futebol Mundial. Estava extasiado, nas nuvens.

Sobre o jogo em si, não vou comentar. Todos já sabem que o Tricolor tomou um chocolate de 4, de virada. Nós, tricolores, ficamos extremamente chateados com a derrota. Perder pro maior rival, de 4, e jogando absolutamente nada, é lamentável.

No entanto, quando o placar já apontava 1 x 4, estava eu sentado na cadeirinha amarela, chateado. Dou aquela dobrada no corpo para trás, suspirando, e olho para os céus. Nesse momento, exatamente nesse momento, eu entendi o que é estar no maior do mundo. O céu estava claro, a lua cheia brilhava com fervor. Imagine uma foto tirada com uma lente grande angular, onde você consegue ver mais coisas do que seu olho captura. Você percebe, olhando para toda a cobertura do Maracanã de uma vez só, que está dentro de uma estrutura oval gigantesca, que já abrigou 200.000 pessoas na final da Copa de 50; na estrutura que já teve 150.000 pessoas na final do Brasileirão de 83, Mulambada 3 x 0 Santos. Você está no lugar que representa o maior símbolo do Futebol, mais até do que a própria bola.


Dia seguinte, 05, às 19:54. Estou no aeroporto Santos Dumont. 24 horas depois de viver alguns momentos inesquecíveis no Estádio Mario Filho. Rumo em direção ao avião da Varig que me levaria de volta para São Paulo. Sozinho e pensativo, com a Baia da Guanabrá a minha esquerda, Nitéroi, com um belo corredor de luzes a minha frente, e o Pão de Açucar a minha esquerda, reflito a respeito da marcante noite anterior.

Penso no Thiago, um torcedor doente, fanático como eu. Jamais esquecerei que foi ELE o cara me levou no Maraca pela primeira vez, e farei questão de retribuir o prazer quando ele estiver aqui em sampa. E uma pena que uma Dutra de distância não deixe que a gente converse mais de futebol, nossas paixões (além do Flu para ele e o Santos para mim). Mas deixa estar. Email serve para isso.

Penso nos meus Amigos de pelada, que me esperavam para bater uma bola às 22:00 ali na Aclimação; uma tradição que já se estendia por cinco anos teve ser temporariamente parada, desde Março deste ano, devido a falta de quórum. Depois de muito esforço, conseguimos, agora em Outubro voltamos à prática semanal do esporte bretão.

Penso nos meus Amigos Santistas, Felipe e Danniel, que já deviam estar, àquela hora, no Tobogã, esperando mais um jogo contra os Gambás MSI. é claro que, horas depois, viriamos a acabar com eles mais uma vez. Mais uma humilhante goleada no nosso Freguês.

Penso numa das maiores pérolas já proferidas por, provavelemente, o maior Tricolor da história, Nelson Rodrigues: "O Fla-Flu não tem início. O Fla-Flu não tem fim. O Fla-Flu começou quarenta minutos antes do nada. E então, as Multidões Despertaram."


é, querido Nelson. Nesse último dia 04, foi a minha vez de Despertar.

Futebol correndo pelas veias e deixando marcas, para todo e sempre.

Amém.

 segunda-feira, outubro 02, 2006

Obras do nosso eleitorado

Pudemos ver nos resultados da eleição de ontem uma reação da população frente aos escândalos que pipocaram um atrás do outro envolvendo o Governo federal. Porém, vendo a lista de deputados federais eleitos por São Paulo, podemos encontrar certas bizarrices.

O candidato mais votado foi o velho conhecido Paulo Maluf. Mesmo sendo mais sujo que pau de galinheiro (aliás, só não está preso porque sempre soube fazer mutreta bem feita), o ex-prefeito teve quase 740.000 votos. Esse número não fica tão longe dos 900.000 eleitores do também velho Orestes Quércia, 3º colocado na eleição para o Governo do Estado.

Mas, o que mais impressiona é a vitória de Valdemar Costa Neto. Presidente do PL, reconheceu que recebeu R$ 10 milhões para fazer a coligação com o PT, renunciou ao mandato de deputado federal para não ser cassado e perder os direitos políticos, disse em campanha nesse ano "Eu errei e só me restava dois caminhos: abandonar a vida pública ou ficar, reconhecer o erro e começar tudo de novo"... E o que aconteceu? Escolheu a segunda opção, recebeu quase 105.000 votos e está de volta.

Junto dele estará o também ex-presidente de partido e envolvido a fundo no mensalão, José Genoíno. Depois de renunciar à presidência do PT no calor da crise, ficar alguns meses longe da imprensa, o (ex-)companheiro de Lula também está de volta. Além desses, também representarão São Paulo na Câmara dos Deputados figuras do meio artístico: o estilista-apresentador Clodovil Hernandez, representando o nanico PTC com mais de 493.00 votos, e o cantor Frank Aguiar com quase 145.000.

Não quero julgá-los antes da hora, mas frases como de Clodovil como "É só um emprego a mais" e "Não tenho projetos. Não nasci lá dentro, vou ter de aprender tudo." ditas após a apuração dos resultados não são nada animadoras.

Esses são só alguns exemplos que eu vi em São Paulo dando uma olhadinha por cima, imagina o que pode ter em outros Estados. Mas é isso aí, estamos no Brasil mesmo, não dá para exigir algo de muito diferente...
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