terça-feira, janeiro 23, 2007

Visitantes Ilustres


Santos nunca mais foi a mesma depois que esses caras passaram por lá.

 segunda-feira, janeiro 22, 2007

Campos do Jordão e o encanto do simples “comer, beber e dormir”


“Campos do Jordão é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se na Serra da Mantiqueira, a uma latitude 22º44'22" sul e a uma longitude 45º35'29" oeste, estando a uma altitude de 1.628 metros. Sua população estimada em 2004 era de 47.903 habitantes. Por vezes chamado erroneamente de Campos de Jordão, o município também é conhecido como a Suíça brasileira”.

E dessa forma que a incrível Wikipedia começa seu artigo sobre Campos do Jordão. Campos é uma cidade que me acompanha desde pequeno: desde que me conheço por gente, os Reimão possuem o hábito de passar finais de semana ou algum dias de suas férias nesse lugar de clima delicioso. Talvez seja por sermos naturalmente da praia: é impressionante a quantidade de santistas que costumam freqüentar a cidade. Tanto que você pode encontrar A Tribuna, jornal tipicamente da Baixada Santista, em qualquer banca de jornal de Campos.

Em 1997, minha mãe realizou o sonho de sua vida e, finalmente, adquiriu um apartamento em Campos. Simples, modesto, bonito e aconchegante, o “Condomínio e Edifício” Fernanda, no alto do Morro do Elefante, entrou para a família.

Neste último final de semana, fizemos mais uma incursão à Suíça brasileira: pai, mãe, irmã, Gabi e eu. A tradição manda que, depois de 3 horas de viagem, ao chegarmos na cidade, nas Sexta feira, entre 23:00 e 24:00, nos encaminhemos até a melhor pizzaria do planeta Terra, a Paparazzi. Um lugar gostoso, com pizzas sensacionais. Depois de encher o bucho de rango, batida e cerveja, rumamos ao Fernanda, para dar aquela dormida gostosa.

Sabadão, ao acordar, geralmente vamos dar uma andada em Capivari, onde fica o centrinho de Campos, com suas lojas de malhas, sapatos, bolsas, casacos e, claro, a mundialmente conhecida bar e cervejaria Baden Baden. E na frente do Baden Baden, em Julhos chapados de gente, que vida noturna da cidade acontece. Aliás, uma recomendação: se você quiser conhecer a cidade, NÃO vá em Julho: nessa época, a cidade fica cheia daquele povinho metido a besta de São Paulo; a cidade, que possui uma população de 50 mil habitantes, chega a ter mais de 500.000 turistas (dez vezes mais): ou seja, a cidade fica insuportável, intransitável.

Almoço de Sábado geralmente é em casa. Depois acontece a coisa mais legal de se fazer em Campos: dormir a tarde. Sim, a melhor coisa que se faz em Campos, além de beber e comer fartamente, é dormir. Tudo graças ao seu clima, classificado como o melhor do Mundo, no Congresso Climatológico de Paris. Ou seja: aquele friozinho, você já entorpecido de cerveja, bucho cheio, encosta na cama e, magicamente, dorme a tarde inteira. E incrível!

De noite, saída para passear no centrinho seguido de janta em algum lugar, geralmente fondue. Vou te falar, um fondue naquele friozinho esquema é irresistível. Nada melhor para acompanhar o clima ameno da cidade.

Domingão. E hora de zarpar. O momento é triste, pois Campos é mesmo uma cidade especial. Afinal, sejamos francos: não existe nada melhor do que beber, comer e dormir. E parece que Campos foi uma cidade feita para tudo isso! Lá, isso não é sinônimo de pecado ou sedentarismo. Não há remorso. E, sim, sinômimo de viver bem, de curtir bem as coisas prozaicas da vida Além, claro, se ser uma belíssima cidadela, com muito verde e arquitetura esplendorosa.

Quer passar um final de semana agradável, curtindo um friozinho, uma lareira, dormir debaixo do edredon e tomar umas cervejas bem esquemas? Vá para Campos. Não há como não se encantar com a tríplice coroa “comer, beber e dormir”.

 sexta-feira, janeiro 12, 2007

O relez mortal e o Soberano


Num incrível after-hours no Habbi's da Lins de Vasconcelos, com a companhia de João Cláudio e Denise (sendo que, nesse dia, eu aprendi a beleza de se apreciar esfihas com azeite).

 quinta-feira, janeiro 11, 2007

O mais novo integrante do Cirque du Soleil


 quarta-feira, janeiro 10, 2007

Exame de Sangue


Existe algo que você odeia em sua vida? Ódio mortal? Aflição? Não pode nem chegar perto, nem pensar? Acredito que sim.

Existem três coisas que guardo para mim como as que "mais odeio na minha vida". Uma delas é aranha. Putza merda, num posso ver um bicho desses, por menor que seja, na minha frente. Prefiro mil vezes uma cobra na minha frente do que uma baita arainha. Tudo graças aquela porra de filme Aracnofobia. O engraçado é que o Homem-Aranha é o meu super herói preferido.

Outra coisa que me aterroriza é altura. Ir naquela cadeirinha que despenca lá do alto no Hopi Hari? Nem se me pagarem R$ 10.000, 00. Esse ano, estava em Curitiba, na sacada do apê do Coxa, 20º andar. O Bana foi me mostrar o Couto Pereira, estádio fo Coritiba, mas tinha que ficar meio esticado na varanda. Nem fudendo! Fiquei agarrado à porta de vidro. Não vi o estádio mas tb não enfartei, de me ver diante daquela altura gigante.

Mas o campeão mundial pra mim é, sem dúvida, exame de sangue. Eu DUVIDO que alguma pessoa passa incólume a essa dissaborosa sensação. Peguei esse trauma logo de infância, e ele perdura até hoje. Nesse meio tempo, até exames de sangue com 01 e 03 horas de duração eu tive que fazer. É mole? Justo eu, que odeio fazer essa merda, por mais que sejam apenas 15 segundos de picadinha?

Eu tenho que fazer exame de sangue todo ano; devo monitorá-lo, devido a um problema de tireóide. Ou seja, além de odiar fazer essa merda, tenho que colher sangue periodicamente, todo ano, por obrigação. Que merda, ein?

Ontem fui fazer exame de sangue mais uma vez. Cheguei lá, sentei na salinha e já mandei pra simpática menina: "Olha, não vou olhar mais nada daqui pra frente, OK"? E ela mandou um "tudo bem". Em seguida, tive que esticar os braços, para que ela verificasse qual o melhor braço para colher o sangue. Caralho, vou te dizer: nessa hora, o estômago já começa a dar reviravoltas, a cabeça fica mais pesada, os olhos teimam em cerrar em definitivo... desespero total.

Em seguida, aquela limpadinha com álcool bem na parte "frontal" do cotovelo, na dobra do braço. O garrote amarrado no braço. A mocinha pede para que eu feche a mão. A vertigem começa a bater mais forte. Ela pica. O coração vai a mil. Acaba logo, ACABO LOGO, penso eu. Em seguida, bobagens correm minha mente: "E seu eu desmaiar? E se eu, simplesmente, puxar meu braço fora? E se... e se...."

"Calma, tá acabando, falta só um tubinho". Um tubinho?? Ainda tem a porra de um tubinho??? Não tenho mais forças. Não há mais como aguentar. Penso em correr, fugir, gritar. Deus do céu. Não mereço isso.

Acabou. Peço água. Não tem. O médico se predispõe a ir pegá-la. Eu aceito e agradeço. A menina manda um "você ficou com o lábio pálido". A mim não espanta: apenas o lábio? Me surpreende eu não estar morto, estribuchando aqui no chão.

Acabou. Como uma bolacha, dando fim ao jejum que já durava mais de 12 horas. Respiro aliviado. Me sinto um herói, mais uma vez. Consegui. Consegui, caralho! Uhuhu, agora só ano que vem!

Caralho... pensando bem... ano que vem tem outro. E no outro, mas uma vez. E no outro. E assim por diante, até o último dia da minha vida.

É, seringa, garrote, sangue, aveias e aquele bagulhinho onde se apoia o braço para o ato: acho que é melhor a gente começar a se dar bem. Afinal de contas, ainda nos encontraremos muitas vezes até o final dessa minha vida severina.

 segunda-feira, janeiro 08, 2007

"4 médias e 1 cará!": a vida corre gostosamente em Santos


Cá estou eu, de férias em Santos. Sempre que tiro férias, o que custumo fazer a cada seis meses, procuro ficar uma das semanas viajando e a outra em Santos.

Esse segundo momento, cada vez mais, parece uma nostalgia infindável. Hoje, fui até o D. Abram, o endocrinologista, e o Bozola, ortodontista. O passeio da carro pelas ruas da cidade é sossegado e gostoso. As pessoas andam calmamente, não há correria. Parece que aqui se vive, de fato, a vida.

E esse meu pensamento se confirma quando percebo que só vou a médicos quando estou em Santos. Quarta feira, ainda vai rolar um oftalmo, o Almir. Amanhã, exame de Sangue, conforme solicitação do Abram. Será que eu corro tanto que só consigo pensar na minha saúde enquanto estou de férias, aqui em Santos.

Enfim, sigo minha via-sacra. Não ia ao Bozola desde 2001. Caraca, como ele envelheceu! E a minazinha que trabalhava com ele ainda está lá... puxa vida.

Vou à padaria, comprar o lanche da noite. Na fila, a Sra. a minha frente pede, em alto e bom som, e eu quase choro de emoção: - “4 médias e 1 cará, por favor!” Puxa, eu mesmo quase ia pedir pãezinhos... eu, que sempre batalhei pelas médias em São Paulo... sete anos e meio depois, estaria eu perdendo a guerra? Para mim mesmo?

Ah, de manhã teve um episódio ótimo também: voltando do Abram fui até o Itaú do canal 7, do lado do Jardins da Grécia, para tomar um Mate beeeeem gelado. Mate novinho, pela manhã... é outra coisa, é tudo de bom! Depois do jogo do Santos, final de tarde, eu tomo por tomar, mas ele já está meio zuado... mas, pela manhã, ele está incrível.

Volto pra casa e continuo pensando em como a vida em Santos passa enquanto eu não moro mais aqui. A vida besta e devagar passa com a mesmo suavidade da brisa marítima na orla.


Os colantes, as médias, e os mates vão ficando mais comuns. O “s” esticado, virando quase “x”, está na boca do povo. O Armando Gomes entretém minhas noites com notícias do Peixe.

Assim a vida segue em Santos. Gostosamente besta e devagar.

 sexta-feira, janeiro 05, 2007

Caralho! Discurso de Orador ENCONTRADO!

Em Julho/2003, quando nos formávamos na ESPM, tive a honra de ser o Orador da nossa turma.

Para tanto, deveria escrever um discurso.

Confesso: achei que ficou bem legal, o pessoal elogiou o texto e tals... mas, infelizmente, ele caiu no limbo. Não o havia salvado.

O discurso estava perdido para sempre.


Eis que, agora, que estou de férias, acho um versão impressa do discurso! Com correções à mão e tals... SENSACIONAL!

Foi muito legal tê-lo achado. Em breve, irei transcrevê-lo para esse Blog. Com certeza.

Aguardem! ;-)

Milton Nascimento e Lô Borges - Clube da Esquina (1972)


Por Felipe Cotta

Revolução. Ditadura. Brasil. Mundo. Minas. Amizade. Amor. Ódio. Música. Milton. Lô, Marcio, Beto, Toninho, Ronaldo, Wagner. Tudo isso numa esquina só. E, ao mesmo tempo, no mundo inteiro.

Das janelas laterais de onde se viam paisagens e nuvens ciganas sobre trens azuis, os corações daqueles jovens mineiros batiam juntos por um mesmo ideal. E, na Belo Horizonte dos turbulentos anos 60 e 70, essa confraria de amigos se reunia na esquina das ruas Paraisópolis com Divinópolis e virava dias e noites compondo, inventando, criando um novo estilo que viria a marcar profundamente a cultura do nosso país.

Milton Nascimento era o gênio centralizador deste movimento que saiu da estrada natural Bahia-Minas e ganhou o mundo, nas asas da PanAir e nas asas da nossa imaginação. Junto com Lô Borges, fez o disco mais fundamental de sua carreira e, talvez, um dos mais emblemáticos de toda a MPB.

"Clube da Esquina" é um álbum obrigatório.

Hoje, mais de 30 anos depois de seu lançamento, o disco parece uma coletânea, dada a grande quantidade de músicas que viraram clássicos. “Um Girassol da Cor de Seu Cabelo”, “Cravo e Canela”, “Cais”, “Nada Será Como Antes”, “Trem Azul” e tantas outras entraram para a história da MPB. Trilhas sonoras da minha vida, da sua, da vida de todo mundo.

O regionalismo universal do disco fez com que as pessoas do mundo inteiro se emocionassem com ele. Se por um lado as músicas têm praticamente o gosto do tutu mineiro e pão-de-queijo, por outro as emoções ali expressas são as mesmas que sentem os brasileiros, os americanos, os finlandeses e os moçambicanos. E justamente por isso ele venceu as fronteiras tupiniquins e se tornou disco imprescindível nas prateleiras do planeta afora.

E assim é o Clube da Esquina. Um disco histórico, simplesmente fundamental. Um movimento ímpar, uma estética única, um baluarte da democracia, um dos pontos de sustentação da cultura popular do nosso país, uma influência infindável para músicos de qualquer geração, referência universal de criatividade. Momento crucial da carreira de um gigante da nossa musica. Um marco para sempre.


Ave, Milton.

Chuva

Por V. Rapchan

É engraçado como a chuva muda as cidades e as pessoas. As ruas ficam vazias, as pessoas perdem a vontade. Tudo é espera. Lembro de tomar banho de chuva quando criança. De fazer barcos de papel e segui-los pelos cantos das ruas. Mais ninguém. Talvez uma ou outra criança com a mesma idéia e só. O primeiro dia do ano amanheceu chuvoso. Mais velho, agora me escondo da água. Descobri a pouco que o Cine Guarani foi demolido. Demolido para sempre. Não era grande parte da memória da minha infância, confesso. Minhas lembranças estão abarrotadas de sorvetes na praça e carrinhos de rolimã. Assisti lá poucos filmes. Talvez dois ou três. Lembro dos gritos de outras crianças, de pé em cadeiras com o dobro de seus tamanhos, sonhando com mundos projetados no escuro. Lembro também de minhas mãos enfiadas em gigantes sacos de pipoca doce. E nada mais. Faço força. Não consigo. Minha memória é pequena e minhas mãos cresceram. Dizem que quando a gente cresce o mundo ao nosso redor encolhe. Tenho minhas dúvidas. Descobri que não entendo de tamanhos. Sempre achei que a memória da minha cidade fosse maior. Algo grande o suficiente para abarcar todos os encontros e desencontros. Todos os primeiros beijos e grandes estréias. Todos os choros, verdadeiros e falsos, que um dia tomaram lugar no Cine Guarani. Sempre imaginei que meus pais e seus amigos colecionassem tais lembranças. Parece que não. Estão cansados demais. Ocupados em transformar as próprias vidas enquanto o passado, transformado em entulho e pó, lhes escapa das mãos. Apostam tudo no mesmo cavalo que pisa seus jardins, em uma pista de corrida cuja linha de chegada não conseguem enxergar. Seus filhos, do fundo de seus quartos, conversam pelo computador com amigos que moram a duas quadras de suas casas. Combatem em jogos eletrônicos forças terroristas para as quais sua cidade nunca terá valor estratégico algum. Esperam um futuro visto na televisão que custa a chegar. E enquanto a chuva cai, assistem de suas janelas molhadas a cidade mudar. Tenho pouca parte nisso tudo. Não moro mais aqui. Os cenários de minhas lembranças hoje são desertos. Piscinas vazias. Clubes fechados. Praças fantasmas. Queria poder culpar alguém. Gritar palavras duras. Mas na chuva as palavras ecoam pouco. Talvez eu seja apenas um filho ilegítimo de minha era, despreparado para o futuro e para o progresso. Talvez não tenha estômago suficiente para os sacrifícios necessários. Queria ser capaz de descobrir em que momento o Cine Guarani perdeu seu valor, e até quando a cidade resistirá a toda esta água. No fundo sei de pouca coisa. Em dias de chuva tudo fica mais vazio, mais escuro, mais confuso. E na cidade onde cresci, há muito tempo chove sem parar.

Mais um ano, na verdade um ano a menos

“Isso aí, 2006 foi escabroso, com a humanidade mais uma vez batendo o recorde de Pior Espécie a Dominar um Planeta e 2007 com toda certeza vai ser pior ainda, mais carros, mais gente, mais filmes ruins, mais novelas, mais idiotas, mais celulares, mais bandas, mais sites, a mesma merda de sempre só que MAIS.”

 terça-feira, janeiro 02, 2007

O Muro do Feliz 2007


Enquanto eu relaxava na praia da Almada em Ubatuba, amigos estavam na Riviera, empenhados numa hercúlea tarefa.

Dessa vez eu não pude ajudar, pessoal, peço desculpas. Mas, se dessa vez foram 700 latas, ano que vem prometo ajudar a chegar nas 1.000.

Parabéns a todos os envolvidos!

Ps.:

Santos, com 26 Toneladas, a maior queima de fogos do Brasil.

Chupa todo mundo.

Enfim, 2007!


Para quem disse que ele não chegaria, cá estamos.

Novas expectativas, novos planos, novas posturas.


Eu vim pra quebrar tudo.

E você?

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