quarta-feira, abril 01, 2009

CoisDEloko

Sabe tiu ru ru ru…

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 segunda-feira, setembro 24, 2007

Agora em carreira solo!






conheça o novo Blog do Falsário
http://blogdofalsario.blogspot.com/






 sexta-feira, agosto 31, 2007

Perguntar não ofende


1 - O Bosco será severamente punido por fingir uma agressão (pilha na cabeça), criando todo um teatro louco e desprovido de qualquer razão ou motivo? Não é caso tão ou até mais grave do que o do Rojas?

2 - Até quando o Santos ficará jogando na Vila Belmiro, para públicos que passam os limites do pífio? O mais sensato não seria jogar SEMPRE em São Paulo onde, com seus 2 milhões de torcedores, sempre ocupa pelo menos 80% da capacidade do estádio, seja ele Pacaembú ou Parque Antarctica?

Babi Xavier se apresenta com a banda Cowbell em São Paulo


Com o fim da novela “Vidas Opostas”, da Record, Babi Xavier tem aproveitado o tempo livre para se dedicar a um de seus programas prediletos: cantar.


Na noite desta quarta-feira, 29, a atriz soltou a voz no show da banda Cowbell no London Station, no bairro do Itaim, em São Paulo. Sucessos de Madonna, Snow Patrol, Pink e Maroon 5 compuseram o repertório da apresentação. “Adoro cantar e sempre me divirto muito nos shows com a Cowbell”, disse Babi, que se apresentou pela segunda vez ao lado do grupo neste ano.

 terça-feira, agosto 28, 2007

Mino Carta e a invenção do Mensalão pela mídia golpista


Em que planeta vivem sujeitos como Mino Carta e Paulo Henrique Amorim?


Aviso aos navegantes: se cai a acusação de formação de quadrilha, no caso dos figurões envolvidos no mensalão, volta-se, automaticamente, ao que sempre esteve claro. Ou seja, assistimos a mais um clássico da ligação criminosa entre políticos e empresa privada, pela tangente tradicional do Caixa 2. Donde: o mensalão nasceu da fantasia jeffersoniana, prazerosamente repercutida, alimentada e estufada pela mídia. A mazela é imponente, sem dúvida. Gravíssima. Insuportável em um país que se apresenta como democrático. Mas, infelizmente, está longe de ser entrecho novo em folha. E não é mensalão.

enviada por mino"

Pato Fu e o melhor disco nacional de 2007


por Gustavo Martins

"Terminada a audição de "Daqui Pro Futuro", tem-se mais que um bom disco: o nono trabalho do Pato Fu é motivo para se orgulhar. Todo país conta com pelo menos um bom nome de pop inventivo e autêntico, e não temos razão para complexos de inferioridade nesse ponto.

Nas doze canções do álbum, a banda está se representando melhor do que nunca. Parece óbvio, mas não é tão simples ser você mesmo compondo música. Existem várias barreiras a ser ultrapassadas: influências, exageros, limitações de estúdio, pressões por um hit... O Pato Fu parece ter superado tudo isso, e cada efeito, acorde, refrão e verso de "Daqui Pro Futuro" reflete a personalidade bem-humorada, sutil, feliz e simples de seus integrantes.

O disco passeia por vários climas, desde uma discoteca de brinquedo em "Mamã Papá", composta pela alegria dos novos-pais John e Fernanda Takai, até a melancolia de "Espero", que chega a lembrar um Portishead menos deprimido. A quarta faixa é uma versão de "Cities In Dust", sucesso oitentista de Siouxie & The Banshees, mais contida mas não menos inspirada.

Andrea Echeverria, da banda colombiana Aterciopelados, participa em português e espanhol de "Tudo Vai Ficar Bem", mantendo a tradição do Pato Fu em buscar parceiros criativos no exterior. Talvez não tenha opção mesmo, que outra banda brasileira pode fazer referência a Clarice Lispector em uma canção ("A Hora da Estrela"), falar de guerra em outra ("1000 Guilhotinas") e ainda soar perfeitamente pop?"

 segunda-feira, agosto 27, 2007

Achiropita + Casseta & Planeta


“Boleiros 3”, por Antoine Gebran, vice de futebol do Corinthians

Caro amigo, você já teve a oportunidade de assistir a algum dos filmes “Boleiros” (98) e (06), de Ugo Giorgetti? Caso a resposta seja negativa saiba, primeiro, que você está perdendo um filme delicioso. Em segundo, para deixá-lo a par, basicamente a história dos dois filmes giram em torno de históricas típicas do nosso futebol, como: as tradicionais mesa redondas de domingo, o craque em final de carreira, o jovem e imaturo craque vendido muito cedo para europa, entre outros. Como eu já escrevi, o filme conta histórias folclóricas do futebol. O que me espanta, na verdade, é ver que ainda existe dirigentes, como o novo vice de futebol do Corinthians, Antoine Gebran, que ainda vivem nessa realidade.

Logo depois da demissão de Carpegiani, Antoine Gebran deu uma entrevista coletiva para a imprensa. Eis que, então, o que se viu foi a mais completa falta de noção da realidade do futebol de hoje em dia. A entrevista foi populada por pérolas como “eu não estava gostando do time, não via nenhuma jogada”, o novo técnico tem que ser inovador, criativo, vencedor, experiente” (qual não deve ser?), “não temos dinheiro, não é possível contratar Kaká e Ronaldinho Gaúcho” e, na minha opinião, a maior das perolaças: “meus amigos, vocês sabem como é: a camisa do Corinthians joga sozinha”. E o argumento de que “estou aqui falando como torcedor, e não como dirigente”, apenas corrobora com a tese do amadorismo absoluto.

Honestamente, numa época em que cada vez mais se fala em planejamento e técnicos com trabalho em longo prazo, é inacreditável que, em um dos maiores clubes do país, o dirigente que comanda seu futebol ainda venha com ladainhas populescas. Na já amadora administração do Corinthians, nada mais retrógrado e fadado ao fracasso.

Como santista, tudo o que pude fazer foi dar risada. No entanto, se fosse corinthiano, estaria bem preocupado. Nem sei se esse Antoine Gebran já fazia parte do conselho do Corinthians, não sei de onde ele saiu. O que sei é que nunca vi uma pessoa tão despreparada para tal função.

 quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Mais senso crítico e menos Lucio Ribeirisse


A definição de Indie por um Indie, segundo a Desciclopedia, é a seguinte: “Sou extremamente culto, inteligente. Me visto de maneira fuckin' stylish e tenho gostos excelentes. Odeio tudo que é pop. Amo o underground.”

Por que eu comecei esse artigo com essa definição? é que o Indie não se aplica apenas a músicas, mas sim a qualquer situação onde impere a questão da novidade, do recente, do algo novo. Veja mais esse trecho: “Para se afirmar ”real" na tribo Indie, o mesmo deve eleger como banda preferida uma banda que ninguém mais conhece e dizer que é a melhor coisa do mundo e, se ele conhecer mais pessoas que conheçam a banda, ele a considerará mainstream e elegerá outra banda desconhecida como sua preferida.”

O representante-mór da tribo indie é um jornalista chamado Lucio Ribeiro, especialista em novidades do mundo do rock. Indie rock, é claro. Ou seja, qualquer banda que seja do underground, que não tenha gravadora, que distribua suas música apenas via internet, com os My Space e Last.FM. E, o mais importante, claro: que absolutamente mais ninguém tenha ouvido falar.

Bom, enquanto esse for um estilo(???) apenas do Lucio Ribeiro, menos mal. Ninguém é obrigado a ler os textos do rapaz.. No entanto, a coisa começa a ficar feia e chata quando esse fenômeno se espalha para outras áreas do enttretenimento, que é o que está ocorrendo agora com os já saturados seriados americanos.

O melhor seriado do mundo até pouco tempo atrás, Lost, agora é substituído por um tal de Heroes. Algumas pessoas já vieram falar para mim, com brilhos nos olhos, que Heroes é a coisas mais sensacional da face da terra.

O momento auge para essas pessoas é quando você argumenta com um simples e factual - “mas como eu vou assistir a esse seriado se ele não passa no Brasil”? - a resposta vem imediata: “oras, eu baixei na internet. Assim que passa no Estados Unidos, eu já baixo na Internet”.

Ahá! Achamos o ponto! Analisemos com calma: a mesma pessoa, a singular e única pessoa que se predispõe a ir até o computador e baixar o episódio do tal seriado minutos depois de passar nos USA, depois vem e vocifera com todas as letras que é a coisa “mais legal que ela já viu na face da Terra”. Qual a relação?

Vejo com tristeza que estamos criando uma geração de “Lucios Ribeiros”, onde o verdadeiro hype não é o seriado em si: poderia ser o Lost, o Heroes, o Vilains, o raio que o parta: o que importa mesmo é ver antes do outros e propagar para todos os cantos: “sim, é a coisa mais legal do mundo!”. Mais ou menos como um típico Indie fala sobre uma banda nova. Neste novo cenário, o “legal” é ser o único a ter visto, não importando a qualidade do programa em si.

Alerta vermelho! Temos pela frente o perigo iminente de cair numa cilada: um novo tipo de tribo, onde o sujeito ter ou não visto algo o desqualifica de forma veemente.

Uni-vos, pessoal: se tal programa, banda, filme ou o que quer que seja, for merecedor de crédito, façamos isso. Agora, ficar elogiando algo apenas porque você viu e os outros não, é patético. Por favor: mais senso crítico e menos Lucio Ribeirisse.

Indignação com a Folha de São Paulo

Sou assinante da Folha de São Paulo há mais de 4 anos, desde Agosto de 2002.

Resolvi ligar para cancelar minha assinatura, pois, apesar de adorar o Jornal, não tenho tido mais tempo de lê-lo.

Apesar de meu longo relacionamento com a empresa, fui tratado como um consumidor qualquer, por um atendente que apenas quis me convencer, insistentemente, de continuar com o jornal. Foi um monólogo patético do vendedor, apenas me cobrando justificativas do porquê de parar de assinar o jornal, sem me oferecer reais vantagens de continuar com a empresa.

Finalmente, depois de ter sido "desqualificado" pelo vendedor, acabei conseguindo efetivar o cancelamento da minha assinatura.

Depois de todo esse desgastante e estressante processo, eis que eu descubro que, enquanto para mim, assinanante do jornal há mais de 4 anos, fiel, com renovação automática, que nunca ganhou nada, a Folha não oferece nada de especial, para um qualquer, que nunca leu o jornal na vida, ela oferece mil brindezinhos e coisinhas para atrair novos assinantes.

Veja só, confira você mesmo => http://assine.folha.com.br/folha/assinatura/wass0085.asp

Ou seja: eu, um consumidor ativo da Folha, sou tratado como ninguém. Já um qualquer pode ir lá e assinar o jornal apenas por causa de um DVD Player, um Secador ou um Videogame.

Lamentável, Folha. Vcs não tem o Depto de Relacionamento? Vcs só pensam nos novos assinantes e esquecem os antigos? Vcs não sabem que é mais fácil, mais barato e agrega mais valor à Marca manter um leitor ativo do que apenas explorá-lo, e investir esforços apenas nos novos usuários?

Sem mais,
Thiago Reimão

 sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Caranguejos Com Cérebro


por Fred Zero Quatro

O primeiro manifesto do Mangue, na íntegra e em sua versão original de 1992.


Mangue, o conceito
Estuário. Parte terminal de rio ou lagoa. Porção de rio com água salobra. Em suas margens se encontram os manguezais, comunidades de plantas tropicais ou subtropicais inundadas pelos movimentos das marés. Pela troca de matéria orgânica entre a água doce e a água salgada, os mangues estão entre os ecossistemas mais produtivos do mundo.

Estima-se que duas mil espécies de microorganismos e animais vertebrados e invertebrados estejam associados à vegetação do mangue. Os estuários fornecem áreas de desova e criação para dois terços da produção anual de pescados do mundo inteiro. Pelo menos oitenta espécies comercialmente importantes dependem do alagadiço costeiro.

Não é por acaso que os mangues são considerados um elo básico da cadeia alimentar marinha. Apesar das muriçocas, mosquitos e mutucas, inimigos das donas-de-casa, para os cientistas são tidos como símbolos de fertilidade, diversidade e riqueza.

Manguetown, a cidade
A planície costeira onde a cidade do Recife foi fundada é cortada por seis rios. Após a expulsão dos holandeses, no século XVII, a (ex)cidade *maurícia* passou desordenadamente às custas do aterramento indiscriminado e da destruição de seus manguezais.

Em contrapartida, o desvairio irresistível de uma cínica noção de *progresso*, que elevou a cidade ao posto de *metrópole* do Nordeste, não tardou a revelar sua fragilidade.

Bastaram pequenas mudanças nos ventos da história, para que os primeiros sinais de esclerose econômica se manifestassem, no início dos anos setenta. Nos últimos trinta anos, a síndrome da estagnação, aliada a permanência do mito da *metrópole* só tem levado ao agravamento acelerado do quadro de miséria e caos urbano.

Mangue, a cena
Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruindo as suas veias. O modo mais rápido, também, de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paralisa os cidadãos? Como devolver o ânimo, deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias do Recife.

Em meados de 91, começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de idéias pop. O objetivo era engendrar um *circuito energético*, capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop. Imagem símbolo: uma antena parabólica enfiada na lama.

Hoje, Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em hip-hop, colapso da modernidade, Caos, ataques de predadores marítimos (principalmente tubarões), moda, Jackson do Pandeiro, Josué de Castro, rádio, sexo não-virtual, sabotagem, música de rua, conflitos étnicos, midiotia, Malcom Maclaren, Os Simpsons e todos os avanços da química aplicados no terreno da alteração e expansão da consciência.

Bastaram poucos anos para os produtos da fábrica mangue invadirem o Recife e começarem a se espalhar pelos quatro cantos do mundo. A descarga inicial de energia gerou uma cena musical com mais de cem bandas. No rastro dela, surgiram programas de rádio, desfiles de moda, vídeo clipes, filmes e muito mais. Pouco a pouco, as artérias vão sendo desbloqueadas e o sangue volta a circular pelas veias da Manguetown.

Dez anos sem Chico Science


Se alguém havia de empurrar a energia musical nordestina para dentro do rock’n’roll e fazer o mundo ouvir, esse alguém tinha de ter um apelido meio brasileiro, meio americano, meio tecnológico, algo assim como Chico Science. O homem nasceu em Olinda, em 13 de março de 1966 — mesmo ano de Marcelo Mirisola, Mike Tyson, Romário, Fernandinho Beira-Mar: mas que gente irriquieta! — e só teve 30 anos para “incentivar a música popular brasileira a ser realmente pop”, nas suas palavras. Em 2 de fevereiro de 1997, ele pediu emprestado o Fiat Uno Mille da irmã — seria difícil estacionar seu Landau 79 nas imediações do show ao qual levava um amigo. Pouco depois, perdia a vida ao bater num poste na divisa de Recife e Olinda.

A carreira musical de Chico Science começou nos anos 80 no grupo Orla Orbe, para o qual levou sua tendência rapper desenvolvida na participação na Legião Hip Hop, grupo de street dance. Depois surgiu o Loustal, banda em que Chico e seus parceiros Lúcio Maia e Alexandre Dengue misturavam rock, hip hop, ska, funk e soul.

Em 1991, alguns jovens reunidos no bar Cantinho das Graças, no Recife — Fred 04, que depois viria a liderar o Mundo Livre S/A — viram Chico Science chegar entusiasmado depois de uma jazz session com os integrantes do Lamento Negro, grupo de samba reggae da periferia. A percussão o entusiasmara: “peguei um ritmo de hip hop e joguei tambor de maracatu. Vou chamar essa mistura de mangue”. Da teoria à prática: ele juntou a turma do Loustal a percussionistas do Lamento Negro, como Toca Ogan, Gira, Gilmar Bola 8 e Jorge du Peixe, e estava fundada a banda Chico Science e Nação Zumbi. Ou melhor, estava fundado o mangue beat, que misturava rock, black music, rap, maracatu, música eletrônica e coco.

Como disse Fred 04, aquela geração percebeu que o Recife tinha muito mais a dizer musicalmente que Seattle, a queridinha da época com seu grunge. Formou-se um ambiente cultural propício ao desenvolvimento sonoro. O mangue beat teve até manifesto, o texto Caranguejos com Cérebro, escrito por Fred 04.

Entre 94 (ano do disco Da Lama ao Caos) e sua morte, ele “e a Nação Zumbi fizeram aquilo que somente um seleto grupo de músicos tem conseguido: criaram um híbrido capaz de evoluir até se tornar um estilo que um dia será hibridizado por outra geração” — palavras do crítico Neil Strauss no NYTimes após assistir a um show do grupo no Central Park em 1995.

Chico Science e seus parceiros gostavam de afirmar que o mangue beat era uma antena parabólica cravado no manguezal e trasmitindo para o mundo. Aliás, ainda transmite, tendo ecos no som de Mundo Livre S/A, Otto, Nação Zumbi, DJ Dolores, Lenine, Bonsucesso Samba Clube, Mombojó, Junio Barreto, Suvaca di Prata, Mestre Ambrósio, Siba, Cordel do Fogo Encantado, Devotos, Monjolo e Eddie.

 terça-feira, janeiro 23, 2007

Visitantes Ilustres


Santos nunca mais foi a mesma depois que esses caras passaram por lá.

 segunda-feira, janeiro 22, 2007

Campos do Jordão e o encanto do simples “comer, beber e dormir”


“Campos do Jordão é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se na Serra da Mantiqueira, a uma latitude 22º44'22" sul e a uma longitude 45º35'29" oeste, estando a uma altitude de 1.628 metros. Sua população estimada em 2004 era de 47.903 habitantes. Por vezes chamado erroneamente de Campos de Jordão, o município também é conhecido como a Suíça brasileira”.

E dessa forma que a incrível Wikipedia começa seu artigo sobre Campos do Jordão. Campos é uma cidade que me acompanha desde pequeno: desde que me conheço por gente, os Reimão possuem o hábito de passar finais de semana ou algum dias de suas férias nesse lugar de clima delicioso. Talvez seja por sermos naturalmente da praia: é impressionante a quantidade de santistas que costumam freqüentar a cidade. Tanto que você pode encontrar A Tribuna, jornal tipicamente da Baixada Santista, em qualquer banca de jornal de Campos.

Em 1997, minha mãe realizou o sonho de sua vida e, finalmente, adquiriu um apartamento em Campos. Simples, modesto, bonito e aconchegante, o “Condomínio e Edifício” Fernanda, no alto do Morro do Elefante, entrou para a família.

Neste último final de semana, fizemos mais uma incursão à Suíça brasileira: pai, mãe, irmã, Gabi e eu. A tradição manda que, depois de 3 horas de viagem, ao chegarmos na cidade, nas Sexta feira, entre 23:00 e 24:00, nos encaminhemos até a melhor pizzaria do planeta Terra, a Paparazzi. Um lugar gostoso, com pizzas sensacionais. Depois de encher o bucho de rango, batida e cerveja, rumamos ao Fernanda, para dar aquela dormida gostosa.

Sabadão, ao acordar, geralmente vamos dar uma andada em Capivari, onde fica o centrinho de Campos, com suas lojas de malhas, sapatos, bolsas, casacos e, claro, a mundialmente conhecida bar e cervejaria Baden Baden. E na frente do Baden Baden, em Julhos chapados de gente, que vida noturna da cidade acontece. Aliás, uma recomendação: se você quiser conhecer a cidade, NÃO vá em Julho: nessa época, a cidade fica cheia daquele povinho metido a besta de São Paulo; a cidade, que possui uma população de 50 mil habitantes, chega a ter mais de 500.000 turistas (dez vezes mais): ou seja, a cidade fica insuportável, intransitável.

Almoço de Sábado geralmente é em casa. Depois acontece a coisa mais legal de se fazer em Campos: dormir a tarde. Sim, a melhor coisa que se faz em Campos, além de beber e comer fartamente, é dormir. Tudo graças ao seu clima, classificado como o melhor do Mundo, no Congresso Climatológico de Paris. Ou seja: aquele friozinho, você já entorpecido de cerveja, bucho cheio, encosta na cama e, magicamente, dorme a tarde inteira. E incrível!

De noite, saída para passear no centrinho seguido de janta em algum lugar, geralmente fondue. Vou te falar, um fondue naquele friozinho esquema é irresistível. Nada melhor para acompanhar o clima ameno da cidade.

Domingão. E hora de zarpar. O momento é triste, pois Campos é mesmo uma cidade especial. Afinal, sejamos francos: não existe nada melhor do que beber, comer e dormir. E parece que Campos foi uma cidade feita para tudo isso! Lá, isso não é sinônimo de pecado ou sedentarismo. Não há remorso. E, sim, sinômimo de viver bem, de curtir bem as coisas prozaicas da vida Além, claro, se ser uma belíssima cidadela, com muito verde e arquitetura esplendorosa.

Quer passar um final de semana agradável, curtindo um friozinho, uma lareira, dormir debaixo do edredon e tomar umas cervejas bem esquemas? Vá para Campos. Não há como não se encantar com a tríplice coroa “comer, beber e dormir”.

 sexta-feira, janeiro 12, 2007

O relez mortal e o Soberano


Num incrível after-hours no Habbi's da Lins de Vasconcelos, com a companhia de João Cláudio e Denise (sendo que, nesse dia, eu aprendi a beleza de se apreciar esfihas com azeite).

 quinta-feira, janeiro 11, 2007

O mais novo integrante do Cirque du Soleil


 quarta-feira, janeiro 10, 2007

Exame de Sangue


Existe algo que você odeia em sua vida? Ódio mortal? Aflição? Não pode nem chegar perto, nem pensar? Acredito que sim.

Existem três coisas que guardo para mim como as que "mais odeio na minha vida". Uma delas é aranha. Putza merda, num posso ver um bicho desses, por menor que seja, na minha frente. Prefiro mil vezes uma cobra na minha frente do que uma baita arainha. Tudo graças aquela porra de filme Aracnofobia. O engraçado é que o Homem-Aranha é o meu super herói preferido.

Outra coisa que me aterroriza é altura. Ir naquela cadeirinha que despenca lá do alto no Hopi Hari? Nem se me pagarem R$ 10.000, 00. Esse ano, estava em Curitiba, na sacada do apê do Coxa, 20º andar. O Bana foi me mostrar o Couto Pereira, estádio fo Coritiba, mas tinha que ficar meio esticado na varanda. Nem fudendo! Fiquei agarrado à porta de vidro. Não vi o estádio mas tb não enfartei, de me ver diante daquela altura gigante.

Mas o campeão mundial pra mim é, sem dúvida, exame de sangue. Eu DUVIDO que alguma pessoa passa incólume a essa dissaborosa sensação. Peguei esse trauma logo de infância, e ele perdura até hoje. Nesse meio tempo, até exames de sangue com 01 e 03 horas de duração eu tive que fazer. É mole? Justo eu, que odeio fazer essa merda, por mais que sejam apenas 15 segundos de picadinha?

Eu tenho que fazer exame de sangue todo ano; devo monitorá-lo, devido a um problema de tireóide. Ou seja, além de odiar fazer essa merda, tenho que colher sangue periodicamente, todo ano, por obrigação. Que merda, ein?

Ontem fui fazer exame de sangue mais uma vez. Cheguei lá, sentei na salinha e já mandei pra simpática menina: "Olha, não vou olhar mais nada daqui pra frente, OK"? E ela mandou um "tudo bem". Em seguida, tive que esticar os braços, para que ela verificasse qual o melhor braço para colher o sangue. Caralho, vou te dizer: nessa hora, o estômago já começa a dar reviravoltas, a cabeça fica mais pesada, os olhos teimam em cerrar em definitivo... desespero total.

Em seguida, aquela limpadinha com álcool bem na parte "frontal" do cotovelo, na dobra do braço. O garrote amarrado no braço. A mocinha pede para que eu feche a mão. A vertigem começa a bater mais forte. Ela pica. O coração vai a mil. Acaba logo, ACABO LOGO, penso eu. Em seguida, bobagens correm minha mente: "E seu eu desmaiar? E se eu, simplesmente, puxar meu braço fora? E se... e se...."

"Calma, tá acabando, falta só um tubinho". Um tubinho?? Ainda tem a porra de um tubinho??? Não tenho mais forças. Não há mais como aguentar. Penso em correr, fugir, gritar. Deus do céu. Não mereço isso.

Acabou. Peço água. Não tem. O médico se predispõe a ir pegá-la. Eu aceito e agradeço. A menina manda um "você ficou com o lábio pálido". A mim não espanta: apenas o lábio? Me surpreende eu não estar morto, estribuchando aqui no chão.

Acabou. Como uma bolacha, dando fim ao jejum que já durava mais de 12 horas. Respiro aliviado. Me sinto um herói, mais uma vez. Consegui. Consegui, caralho! Uhuhu, agora só ano que vem!

Caralho... pensando bem... ano que vem tem outro. E no outro, mas uma vez. E no outro. E assim por diante, até o último dia da minha vida.

É, seringa, garrote, sangue, aveias e aquele bagulhinho onde se apoia o braço para o ato: acho que é melhor a gente começar a se dar bem. Afinal de contas, ainda nos encontraremos muitas vezes até o final dessa minha vida severina.

 segunda-feira, janeiro 08, 2007

"4 médias e 1 cará!": a vida corre gostosamente em Santos


Cá estou eu, de férias em Santos. Sempre que tiro férias, o que custumo fazer a cada seis meses, procuro ficar uma das semanas viajando e a outra em Santos.

Esse segundo momento, cada vez mais, parece uma nostalgia infindável. Hoje, fui até o D. Abram, o endocrinologista, e o Bozola, ortodontista. O passeio da carro pelas ruas da cidade é sossegado e gostoso. As pessoas andam calmamente, não há correria. Parece que aqui se vive, de fato, a vida.

E esse meu pensamento se confirma quando percebo que só vou a médicos quando estou em Santos. Quarta feira, ainda vai rolar um oftalmo, o Almir. Amanhã, exame de Sangue, conforme solicitação do Abram. Será que eu corro tanto que só consigo pensar na minha saúde enquanto estou de férias, aqui em Santos.

Enfim, sigo minha via-sacra. Não ia ao Bozola desde 2001. Caraca, como ele envelheceu! E a minazinha que trabalhava com ele ainda está lá... puxa vida.

Vou à padaria, comprar o lanche da noite. Na fila, a Sra. a minha frente pede, em alto e bom som, e eu quase choro de emoção: - “4 médias e 1 cará, por favor!” Puxa, eu mesmo quase ia pedir pãezinhos... eu, que sempre batalhei pelas médias em São Paulo... sete anos e meio depois, estaria eu perdendo a guerra? Para mim mesmo?

Ah, de manhã teve um episódio ótimo também: voltando do Abram fui até o Itaú do canal 7, do lado do Jardins da Grécia, para tomar um Mate beeeeem gelado. Mate novinho, pela manhã... é outra coisa, é tudo de bom! Depois do jogo do Santos, final de tarde, eu tomo por tomar, mas ele já está meio zuado... mas, pela manhã, ele está incrível.

Volto pra casa e continuo pensando em como a vida em Santos passa enquanto eu não moro mais aqui. A vida besta e devagar passa com a mesmo suavidade da brisa marítima na orla.


Os colantes, as médias, e os mates vão ficando mais comuns. O “s” esticado, virando quase “x”, está na boca do povo. O Armando Gomes entretém minhas noites com notícias do Peixe.

Assim a vida segue em Santos. Gostosamente besta e devagar.

 sexta-feira, janeiro 05, 2007

Caralho! Discurso de Orador ENCONTRADO!

Em Julho/2003, quando nos formávamos na ESPM, tive a honra de ser o Orador da nossa turma.

Para tanto, deveria escrever um discurso.

Confesso: achei que ficou bem legal, o pessoal elogiou o texto e tals... mas, infelizmente, ele caiu no limbo. Não o havia salvado.

O discurso estava perdido para sempre.


Eis que, agora, que estou de férias, acho um versão impressa do discurso! Com correções à mão e tals... SENSACIONAL!

Foi muito legal tê-lo achado. Em breve, irei transcrevê-lo para esse Blog. Com certeza.

Aguardem! ;-)

Milton Nascimento e Lô Borges - Clube da Esquina (1972)


Por Felipe Cotta

Revolução. Ditadura. Brasil. Mundo. Minas. Amizade. Amor. Ódio. Música. Milton. Lô, Marcio, Beto, Toninho, Ronaldo, Wagner. Tudo isso numa esquina só. E, ao mesmo tempo, no mundo inteiro.

Das janelas laterais de onde se viam paisagens e nuvens ciganas sobre trens azuis, os corações daqueles jovens mineiros batiam juntos por um mesmo ideal. E, na Belo Horizonte dos turbulentos anos 60 e 70, essa confraria de amigos se reunia na esquina das ruas Paraisópolis com Divinópolis e virava dias e noites compondo, inventando, criando um novo estilo que viria a marcar profundamente a cultura do nosso país.

Milton Nascimento era o gênio centralizador deste movimento que saiu da estrada natural Bahia-Minas e ganhou o mundo, nas asas da PanAir e nas asas da nossa imaginação. Junto com Lô Borges, fez o disco mais fundamental de sua carreira e, talvez, um dos mais emblemáticos de toda a MPB.

"Clube da Esquina" é um álbum obrigatório.

Hoje, mais de 30 anos depois de seu lançamento, o disco parece uma coletânea, dada a grande quantidade de músicas que viraram clássicos. “Um Girassol da Cor de Seu Cabelo”, “Cravo e Canela”, “Cais”, “Nada Será Como Antes”, “Trem Azul” e tantas outras entraram para a história da MPB. Trilhas sonoras da minha vida, da sua, da vida de todo mundo.

O regionalismo universal do disco fez com que as pessoas do mundo inteiro se emocionassem com ele. Se por um lado as músicas têm praticamente o gosto do tutu mineiro e pão-de-queijo, por outro as emoções ali expressas são as mesmas que sentem os brasileiros, os americanos, os finlandeses e os moçambicanos. E justamente por isso ele venceu as fronteiras tupiniquins e se tornou disco imprescindível nas prateleiras do planeta afora.

E assim é o Clube da Esquina. Um disco histórico, simplesmente fundamental. Um movimento ímpar, uma estética única, um baluarte da democracia, um dos pontos de sustentação da cultura popular do nosso país, uma influência infindável para músicos de qualquer geração, referência universal de criatividade. Momento crucial da carreira de um gigante da nossa musica. Um marco para sempre.


Ave, Milton.

Chuva

Por V. Rapchan

É engraçado como a chuva muda as cidades e as pessoas. As ruas ficam vazias, as pessoas perdem a vontade. Tudo é espera. Lembro de tomar banho de chuva quando criança. De fazer barcos de papel e segui-los pelos cantos das ruas. Mais ninguém. Talvez uma ou outra criança com a mesma idéia e só. O primeiro dia do ano amanheceu chuvoso. Mais velho, agora me escondo da água. Descobri a pouco que o Cine Guarani foi demolido. Demolido para sempre. Não era grande parte da memória da minha infância, confesso. Minhas lembranças estão abarrotadas de sorvetes na praça e carrinhos de rolimã. Assisti lá poucos filmes. Talvez dois ou três. Lembro dos gritos de outras crianças, de pé em cadeiras com o dobro de seus tamanhos, sonhando com mundos projetados no escuro. Lembro também de minhas mãos enfiadas em gigantes sacos de pipoca doce. E nada mais. Faço força. Não consigo. Minha memória é pequena e minhas mãos cresceram. Dizem que quando a gente cresce o mundo ao nosso redor encolhe. Tenho minhas dúvidas. Descobri que não entendo de tamanhos. Sempre achei que a memória da minha cidade fosse maior. Algo grande o suficiente para abarcar todos os encontros e desencontros. Todos os primeiros beijos e grandes estréias. Todos os choros, verdadeiros e falsos, que um dia tomaram lugar no Cine Guarani. Sempre imaginei que meus pais e seus amigos colecionassem tais lembranças. Parece que não. Estão cansados demais. Ocupados em transformar as próprias vidas enquanto o passado, transformado em entulho e pó, lhes escapa das mãos. Apostam tudo no mesmo cavalo que pisa seus jardins, em uma pista de corrida cuja linha de chegada não conseguem enxergar. Seus filhos, do fundo de seus quartos, conversam pelo computador com amigos que moram a duas quadras de suas casas. Combatem em jogos eletrônicos forças terroristas para as quais sua cidade nunca terá valor estratégico algum. Esperam um futuro visto na televisão que custa a chegar. E enquanto a chuva cai, assistem de suas janelas molhadas a cidade mudar. Tenho pouca parte nisso tudo. Não moro mais aqui. Os cenários de minhas lembranças hoje são desertos. Piscinas vazias. Clubes fechados. Praças fantasmas. Queria poder culpar alguém. Gritar palavras duras. Mas na chuva as palavras ecoam pouco. Talvez eu seja apenas um filho ilegítimo de minha era, despreparado para o futuro e para o progresso. Talvez não tenha estômago suficiente para os sacrifícios necessários. Queria ser capaz de descobrir em que momento o Cine Guarani perdeu seu valor, e até quando a cidade resistirá a toda esta água. No fundo sei de pouca coisa. Em dias de chuva tudo fica mais vazio, mais escuro, mais confuso. E na cidade onde cresci, há muito tempo chove sem parar.

Mais um ano, na verdade um ano a menos

“Isso aí, 2006 foi escabroso, com a humanidade mais uma vez batendo o recorde de Pior Espécie a Dominar um Planeta e 2007 com toda certeza vai ser pior ainda, mais carros, mais gente, mais filmes ruins, mais novelas, mais idiotas, mais celulares, mais bandas, mais sites, a mesma merda de sempre só que MAIS.”

 terça-feira, janeiro 02, 2007

O Muro do Feliz 2007


Enquanto eu relaxava na praia da Almada em Ubatuba, amigos estavam na Riviera, empenhados numa hercúlea tarefa.

Dessa vez eu não pude ajudar, pessoal, peço desculpas. Mas, se dessa vez foram 700 latas, ano que vem prometo ajudar a chegar nas 1.000.

Parabéns a todos os envolvidos!

Ps.:

Santos, com 26 Toneladas, a maior queima de fogos do Brasil.

Chupa todo mundo.
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