Essa frase foi proferida a uns 50 minutos, quando estávamos finalizando nosso almoço na padoca (vulgo Bar da Vila II).
Rafa proferiu essa frase quando eu pedi para o garçom embrulhar para viagem o que havia restado do meu Beirute (cerca de 1/3 dele). Rapidamente, um segundo antes do rapaz pegar meu prato, dei uma averiguada na mesa para ver se não havia sobrado mais nada de “interessante”, e estava lá metade de uma travessa de arroz, não consumida pelo Cabral. Não tive dúvidas: virei a travessa do mesmo no prato com o resto do Beirute e entreguei ao atendente. Foi justamente nessa hora que o Rafa proferiu a pérola que está transcrita no título.
“Beirute não combina com arroz”, continuou. Olha, Rafa e amigos leitores: estou pra ver UMA SÓ comida que não combine com a maior iguaria culinária já criada pelo homem: o Arroz.
Segundo a Wikipedia, a fonte de informações mais confiável do planeta, o
Arroz “É a terceira maior cultura cerealífera do mundo, apenas ultrapassado pelo milho e trigo”. Portanto, fica claro aí como o arroz é idolatrado e todas as culturas (mais acentuadamente no sudeste asiático); é, definitivamente, um alimento policultural.
Vamos analisar no caso do brasileiro: aquela Feijuca entorpecente de Sábado, com couve mineira, laranjinha, carne seca, lingüiça, feijão preto... hum, hum... mas confesse: ela não seria nada sem aquele arroz branquinho, soltinho.
O Arroz ganhou injustamente a pecha de ser apenas um acompanhante de outros pratos mais famosinhos, como o estrogonofe e a própria feijoada, entre tantos outros. Na minha opinião, os outros é que acompanham o magnífico arroz. Existe algum acompanhante melhor para um arroz do que um ovinho com a gema bem mole?
Arroz na Feijuca? Bóra!
Arroz na salada? É nóis!
Arroz na Lasanha? Por que não?
Arroz na Pizza? Demorou!
Obrigado por existir, Arroz. Se a sua sina é ser tachado como acompanhante por essa sociedade superficial e hipócrita, quero mais é que você me acompanhe até o túmulo.