terça-feira, novembro 14, 2006

Perguntar não ofende: quando as minas vão começar a se dedilhar nos clipes?


Na tarde desse Sábado, tive a oportunidade de assistir a um videoclipe de um grupo (?) chamado PussyCat Dolls, composto por seis tenras jovens. O clipe era nº 01 na parada da MTV Brasil. Bom, depois de um belo Coritiba x Atlético MG, me aconcheguei a poltrona.

Fiquei abismado com o que vi. Se a Madonna, que em sua turnê do Erótica foi proibida de de simular uma leve masturbação no palco, tivesse a oportunidade de assistí-lo, com certeza, acharia que está velha demais. A situação é a seguinte: seis jovens em trajes sumários, fazendo movimentos mais do que lascivos e expondo seus maquiados e lambuzados corpos da maneira mais prostituta possível.

Ah, claro, não posso ser tão injusto, tem a música.

Música? Por 4 minutos, ouvi barulhos e ruídos piores dos que os provocados por qualquer obra aqui da Gomes de Carvalho ou na Berrini. Eu não lembro do nome da música, nem do ritmo, nem de nada. Mas lembro perfeitamente do clipe. Daria para escrever um conto erótico com o que lembro dele.

Bom, tudo que disso até agora não é nenhuma, mas nenhuma mesmo, novidade. Mas o que me chamou a atenção foi como o conceito “artista-gostosa-que-não-canta-porra-nenhuma-mas-é-gostosa” está banalizado. Um próprio conceito que, por si só, já veio para massificar, destruir e popularizar o conceito de “música” e “show”, está se esvaindo pelos próprios dedos de quem o criou. A coisa está tão apelativa que não basta mais mostrar o corpo, cantar mal, se vestir feito uma garota de programa e tals. Imagino que, em seu próximo clipe, as PussyCat Dolls, ou as suas sucessoras (sugestões de nome: “Beachs from Califórnia!”) terão que botar para quebrar mesmo: masturbação, beijos de língua lésbicos, usar artefatos encontrados apenas em sex-shops, e outros tabus da sociedade terão que ser quebrados. Caso contrário, teremos um vazio na nossa pobre cultura pop, será o fim da diferenciação, com um bando de artistas apenas rebolando a bunda. Oras, rebolar a bunda a Carla Perez faz isso desde 1995. O Gretchen, que gravou um DVD pornô recentemente (outra linha de evolução “artística”, mas que será cuidadosamente estudada (ou melhor, explorada) em outro post), nem se fala. Bom, não vou nem citar tia Rita para ninguém chorar.

Mas a verdade é que as PussyCat Dolls tem muito a nos mostrar. Literalmente. Se eu fosse Frota, Vivi Fernandez, Rita Cadillac e Márcia Imperator, tomaria duas medidas imediatas: acompanharia a carreira dessas meninas, para ver o que elas podem nos trazer em termos de novidades libidinosas, e me prepararia: daqui há alguns anos, essa turma da Brasileirinhas terá forte concorrência das seis gatinhas Americaninhas.

Comentários
Mas é um punheteiro de mão cheia! (de cabelo)!
Auf Auf
 
"buttons" é o nome da música.. para os punheteiros interessados..

hahahaha
 
Vc não conhecia Pussy Cat Dolls? Que babado hein..
 
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