É lá se foram os quinze anos de espera. Me toquei do tempo que passou vendo uma matéria no sábado que mostrava alguns lances do 1x0 no Morumbi (com gol de Mário Tilico) e o 0x0 em Bragança em 1991. Pareceu algo distante, tinha o Mauro Silva no Bragantino ainda antes de ser ídolo na Europa, o Antonio Carlos sem problemas de calvície, o Parreira com cara de bunda (ops, isso não mudou, passaram-se os anos e continua igual)...

Eis que, quinze anos depois, após vencer três títulos mundiais, três Libertadores, alguns Paulistas, o Mauro Silva ir para a Espanha, virar ídolo, se aposentar, o Antonio Carlos perder o cabelo, rodar por milhares de clubes até cair no Juventude, o Parreira ganhar uma Copa com a seleção, perder outra, continuar com sua cara de bunda, o São Paulo finalmente conquista o seu quarto título brasileiro.

Nem preciso falar de como foi, é chover no molhado diante da superioridade tricolor durante todo o campeonato. Pontos corridos é isso mesmo, conta mais a regularidade de um time planejado e organizado. Apesar de uma fase um pouco ruim na época da tal da Recopa Sul-americana (onde eu cheguei a temer a perda do Brasileiro), o Muricy deu um jeito no time, conquistou pontos importantes nos jogos contra o rivais diretos Inter, Santos e Grêmio e pôde chegar tranqüilo nas últimas rodadas.

Ponto para a CBF que mantém a fórmula de disputa. Porém, há de se registrar a falta de bom senso da organização. Poxa, o que custava levar a taça oficial ontem ao Morumbi? Se o São Paulo não ganhasse, era só levar semana que vem de novo, o Inter não conseguiria ser campeão antecipado. Mas, enfim, mesmo não sendo o troféu oficial, eu e mais 68.236 pagantes presenciamos uma comemoração com as taças entregues pela Federação Paulista e por empresários tricolores.

E, domingo que vem tem mais, jogo contra o Cruzeiro, premiação oficial da CBF e mais volta olímpica!