De fato esse lance de Internet, mp3 e tudo mais muda nossos hábitos e agente nem percebe. Depois do show fantástico de sábado, resolvi comprar os dois CDs do Franz Ferdinand (que eu tinha só em mp3).
Aí acabei dando aquela olhadinha no meu histórico na loja virtual e vi que minha última compra havia sido em dezembro de 2005. Depois lembrei que, alguns meses atrás, tinha efetuado compra em outra loja. Porém, em nenhuma delas eu havia comprado CDs, só DVDs e livros. De lá para cá não deixei de comprar discos, mas foram aquelas compras por impulso no shopping e, em sua maior parte, álbuns de jazz, que sempre têm um diferencial no encarte e etc.
Onde quero chegar? Estou perdendo um hábito que tinha até pouco tempo tempo atrás, comprar CDs em média pelo menos uma vez por mês (sempre online, por ser mais barato e cômodo). E, ao mesmo tempo, substituindo por uma prática diferente, queimar milhares de MP3 em um CD e ouvir no carro e em casa mesmo.
Usando o Motomix do sábado, temos outro indicativo forte disso. Rolava o show do Art Brut*, e praticamente metade do público de quase 8.000 pessoas cantava as músicas dos caras. De novo, onde quero chegar? O primeiro e único CD da banda simplesmente não foi lançado no Brasil, ou seja, muita gente (como Cabral, Reimão e eu) fez o download do disco em mp3 e o ouviu milhares de vezes antes do show.
É, a indústria fonográfica, principalmente brasileira, precisa se coçar. Do jeito que a coisa está hoje, não vou pagar mais de 30 mangos no CD do Art Brut...
* Não conhecia a banda, ouvi bastante o primeiro álbum deles, achei bem legal e eles fizeram um belo sho. Recomendo.