segunda-feira, setembro 18, 2006

Moving to Paris

No último sábado, ouvimos Eddie Argos, vocalista do Art Brut, nos contar como a cultura popular não funciona mais para ele.

Dane-se o que está na capa das revistas, o que esta no topo das paradas. Ainda, segundo Argos, arte moderna é o que liga. O som do Art Brut é deliciosamente sarcástico e anti-pop.

Bandas indies como essa, ganham fama por irem na direção contrária da grande ordem. Curioso é que elas fazem esse tipo de música polemista sem abrir mão do crédito e da glória por elas, mesmo que em um nicho menor. Os anti-pop querem fama.

Apesar de muito mais legal, não é o rock independente que move esse mundo. Por definição, o pop é o principal tipo de música ouvido e consumido por aí.

É no templo da música pop que estão os peixes grandes da cultura popular. O filão das divas pop então é ainda mais disputado. Madonna, Beyoncé, Christina Aguilera, Jessica Simpson... Todas em busca da música mais grudenta, do single mais tocado e do vídeo com as melhores pernas. Entrar nesse mercado não é para qualquer um.

A mais nova integrante desse mundinho é Paris Hilton. A herdeira vagabunda investe pesado para brigar pelas paradas e é brilhantemente editada por um software corretor de voz. A principal arma de Paris é seu histórico de anti-heroísmo e sacanagem que fazem dela uma legítima popozuda - ainda que não tenha bunda.

“Stars are blind”, sua primeira canção é uma delícia, mais uma daquelas músicas do verão, tem um clipe em câmera lenta na praia com Paris se esfregando em um cara.

Pena que eu só ouço Art Brut.
Comentários
Dedilhada?
 
O texto é muito bom. Parabéns pela linha de raciocínio.

No entanto, temos um penultimo paragrafo absolutamente patético.

Enfie essa "Stars are Blind" no meio do seu cu.

Abração,

Reimão
 
Seu Babaca.
 
Magrelha rica maldita!
 
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